5.3.09

Num mundo doente...

Eu fiquei sabendo no caso no domingo, quando li no jornal. Fiquei enojada, bestificada, entristecida e tudo mais que sempre sinto quando vejo essas violências. NOJO!

O padrasto maldito (que deveria ser excomungado) abusou da menininha desde os 6 anos. E da irmã dela também. A vítima fica grávida de gêmeos e pode morrer por não ter espaço físico para manter os fetos.

Qual a coisa sensata a se fazer? Tirar os fetos e salvar a menina. Todos concordaram e foi dada a ordem judicial.
Eis que surge a "santa" madre igreja e se manifesta contrariamente. Alegando defesa da vida. OPA, perai... vida? de quem? Se a menina não fizer o abortamento ela morre. Então???? NOJO!
É uma mentalidade tão obtusa, cimentada que não conseguem perceber o non-sense do que dizem. NOJO!

Abaixo o manifesto do "Católicas pelo direito de decidir". Num mundo doente, alguém sensato para ser ouvido.

Insanidade, crueldade ou princípios cristãos?
Católicas pelo Direito de Decidir manifeta-se sobre o caso da menina pernambucana de nove anos, grávida por estupro de seu próprio padastro
O que pode levar alguém a desejar obrigar uma criança, com risco de sua própria vida, a manter uma gravidez fruto de uma inominável violência? Rígidos princípios religiosos? Ou insanidade e crueldade? Estamos falando do caso ocorrido em Pernambuco da menina de nove anos que apresentou gravidez (de gêmeos!) como resultado de estupros seguidos que sofreu de seu padrasto, violência a que foi submetida desde os seis anos de idade.

A gestação foi interrompida no dia 04 de março último, às 10h da manhã, seguindo o protocolo do Ministério da Saúde que permite abortamento em casos de gravidez de risco ou quando a gestante foi vítima de estupro, ainda que o aborto continue sendo crime no país. O caso da garota pernambucana se enquadrava nos dois casos, já que a gravidez de fetos gêmeos também colocava sua vida em risco, pois a menina pesa apenas 36 kg e mede 1,36 m. Por seu muito pequena, ela não tem estrutura física para suportar a gravidez de um feto, muito menos de dois. É de se imaginar, ainda, os danos psicológicos a que seria submetida se fosse obrigada a levar essa gravidez a termo.

Para nossa surpresa - e indignação!-, entretanto, houve uma intensa movimentação de militantes religiosos contra a interrupção dessa gravidez tão perigosa, sob todos os aspectos, para essa pequena criança de nove anos. Até mesmo ameaça de excomunhão houve! Sob o argumento da defesa da vida, essas pessoas não se importaram em nenhum momento nem com a violência já sofrida por ela, nem com a real possibilidade que havia de a menina perder a própria vida. Se essa criança - que tem existência real e concreta, com uma história de vida, relações pessoais, afetos, sentimentos e pensamentos, enfim -, se essa menina não merece ter sua vida protegida, trata-se de defender a vida de quem? De uma vida em potencial ou um conceito, uma abstração? Quem tem o direito de condenar à morte uma pessoa em nome de se defender uma possibilidade de vida que ainda não se concretizou e não tem existência própria e autônoma?

Pensamos que se configura como pura crueldade essa intransigente defesa de princípios abstratos e de valores absolutos que, quando confrontados com a realidade cotidiana, esvaziam-se de sentido e, principalmente, da compaixão cristã. Seria possível imaginarmos o que Jesus Cristo diria a essa menina? Seria ele intolerante, inflexível e cruel a ponto de dizer a ela que sua vida não tem valor? Ou ele a acolheria gentilmente, procuraria ouvir sua dor e a acalentaria em seu sofrimento? Será que ele defenderia que ela sofresse mais uma violência ou usaria sua voz para gritar contra os abusos que ela sofreu?

Felizmente, a menina pernambucana pôde, graças ao respeito a um direito democraticamente conquistado, diminuir os danos das inúmeras violências que sofreu e a gravidez foi interrompida. Assusta-nos, porém, saber que, ao contrário dessa menina, outras tantas vidas têm sido ceifadas em nome de princípios intransigente, duros, violentos e nada amorosos. Assusta-nos o desprezo pela vida das mulheres. Assusta-nos que suas histórias sejam descartadas, que sua existência na Terra esteja valendo menos do que a crença autoritária de algumas poucas pessoas.

Para que a nossa democracia seja efetiva, as pessoas precisam ter o direito real de escolher. Por isso, defendemos que as políticas públicas de saúde reprodutiva e os direitos reprodutivos já conquistados sejam garantidos. Além disso, lutamos pela legalização do aborto, para que as mulheres que assim desejem, possam levar qualquer gravidez até o fim. Mas que as que não o desejam, não sejam obrigadas a arriscar suas vidas, ou mesmo morram, por se pautarem por valores éticos distintos.

São Paulo, 05 de março de 2009

Católicas pelo Direito de Decidir
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21.2.08

(Des)apontamentos para um novo dia

Reality is what you want to see
It shouldn't make a difference to me
I put my trust in what you had to say
It didn't make a difference anyway


Disappointment is what you've made this
Expectations overrated
Disappointment is what you've made this
My ambition is so deflated


Reality is different for me
My eyes are opened wide enough to see
I've listened to your explinations why
The more you fail, the harder that I try




Decepção. Desapontamento. Palavras fortes sim. Mas sem dúvida, muito mais presentes – infelizmente – mas nossas vidinhas do que gostaríamos.

Acho que depois das duas grandes decepções – Papai Noel e Coelhinho da Páscoa não existem – da nossa infância, vivemos numa sequência delas, tão constantes, tão diárias, que nem nos atentamos.

Mas elas estão lá, no trabalho da faculdade que você adorou, mas seu professor achou um lixo; naquele relatório que deu muito trabalho e nunca saiu da gaveta do seu chefe; nas pessoas que você considerava suas amigas, mas provaram que a recíproca não era a verdadeira; na viagem que você queria fazer e não pôde; naquela pessoa que você estava afim, mas que estava afim de outra pessoa; no colo e no carinho que você esperou e nunca veio; nas mentiras descobertas.

Decepção. Como é ruim essa sensação - ou seria um sentimento? Como algo tão presente ainda consegue deixar a gente com esse gostinho reimoso na boca. Um coisa estranha no peito. Desapontamento. Nós, arrastando nosso cobertorzinho azul de esperanças desfeitas. Sim, porque são elas, as vãs esperanças, que sofrem a ação das decepções.

Assumo a minha responsabilidade e reconheço que também decepciono, desaponto. Ok. E quem pode dizer que não o faz, que atire a primeira esperança perdida no teto de vidro do vizinho, onde o gramado é sempre mais verdinho. Ou não? Que decepção!

Me desculpem aqueles que me decepcionaram e quiseram lavar o cobertorzinho, mas o que foi feito, não pode ser desfeito. Decepcionante? É para mim também foi.

Fim desta decepcionada respirada no saquinho, ao som de “Disappointed”, do Face to Face.

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4.11.07

Dessa tal vida de solteira...



Há alguns anos atrás, as confusões da minha vida podiam ser comparadas às confusões do seriado "Barrados no baile". E efetivamente brincavamos (eu e a turma) desta maneira. Bom, o tempo passa, os seriados mudam (talvez acompanhando a nossa mudança também) o Jason Priestly engordou bastante e hoje vivo quase par e passo com as personagens do "Sex and the city",com a brutal e sofrida diferença de que elas vivem em Nova York e eu em Brasília. nhéééééééé :(

Bem, acho que eu sou um pouco de cada uma delas. Carrie, a principal, que trabalha como colunista de um jornal onde relata histórias sobre relações interpessoais e sexuais. Samantha, a típica loura fatal que trabalha como relações-públicas e está sempre atrás de um bom partido sem compromissos; Charlotte que é a romântica e sensível que busca sempre longos relacionamentos, embora nunca consiga ter um; e Miranda Hobbes, advogada, racional, e a mais prática de suas amigas, sempre sabendo o que quer da vida (ou quase isso).

Esse blábláblá introdutório é só para tentar fugir do assunto principal: PELA DEUSA, OQUE ACONTECEU COM AS RELAÇÕES ENTRE SOLTEIROS? Desde que voltei "ao mercado" estou boquiaberta com como as ficadas estão fulgazes. Ah, tá, vocês podem dizer que o problema está comigo. E talvez esteja mesmo. Talvez eu tenha voltado "ao mercado" com vontade de ter novamente um relacionamento "estável". O que tenho visto está inviável.

Primeiro, as pessoas conversam sem conversar, sem se importar realmente. Até na minha faixa etária, o clima é de micarê, ou seja, beijar mais de um em uma noite. OPPAAAA, pé. pé.. pérai!!! Se ficar já é uma coisa efêmera por definição, agora creio que o que rola é o tal do pegar. Você pega a pessoa, fica um pouco e depois larga. Foi mais ou menos o que eu vi até agora e o que eu não estou gostando.

Meu ex me traiu tantas vezes que me canso só de imaginar. E até por isso não consigo entrar no clima de "pegar". Ou, como disse minha terapeuta, eu amadureci e não vejo mais tanta graça nessa coisa do ficar/pegar. Tá, confesso que não fui a rainha da seleção neste começo de vida "no mercado". Mas pelo o que provei até agora, não é isso que eu quero...

Respirado no saquinho ao som de Aerosmith, num domigo de chuva em BSB.

TO BE CONTINUED

18.9.07

A pessoa que trai




A pessoa que trai, do verbo ser filha-da-puta, deveria sentir na carne um pouco da dor que provoca no traído.

Um pouco do frio que brota no peito de quem se descobre enganado, passado para trás, feito de idiota, usado, desprezado, menosprezado, etc. Deveria ser possivel aos traídos causar toda a sorte de sofrimentos que uma traição traz.

Muitas vezes, a pessoa que trai, do verbo não ter carater, não consegue nem assumir para sí própria a própria canalhice, filha da putagem, desgraçadez, etc. Não consegue assumir porque não consegue perceber em sí um aspecto tão negativo, pejorativo, desqualificante da personalidade. É necessário sim negar que se é uma pessoa sem valor, afinal, se conseguisse se assumir, sentiria a culpa pelo sofrimento que causou à outrem. E culpa é ruim. E a pessoa que trai só gosta do gostosinho.

A pessoa que trai sempre encontra uma explicação, mas as pessoas que verdadeiramente traem, do verbo serem podres, colocam no traído a culpa. Os traídos assim o foram por não terem ido naquela festa, por terem viajado no feriado, por não estarem atendendo às espectativas do miserável traidor, porque não estavam presentes no momento em que rolou um clima com coleguinha de escola, etc...

Espero que as pessoas que traem passem um dia, uma noite, ou meses sentindo na pele, no coração e no espirito todo o mal que provocaram aos que foram traídos.

Dessa vez, não respirei. Vomitei mesmo no saquinho, por nojo...

21.8.07

Pragas-porras

Tive que copiar deslavadamente esse termo que uma amiga usa. Uso ele para designar um certo grupo de pessoas que têm tirado meu tesão de ir trabalhar. Pragas-porras. Isso que elas (as pessoas) são.

As PPs não sabem o que é profissionalismo. Não. Ao contrário, as PPs parecem pouco saber daquilo em que trabalham, fazem tudo meio por tentativa e erro (e eles são muitos), mas na hora de ferrar com o trabalho de alguém, é com o seu que elas ferram. PPs se acham as profissionais do ...........................

As PPs mal sabem escrever a nossa pobre língua portuguesa. Desconhecem as regrinhas básicas da gramática, separam sujeito de predicado com vígula, usam ponto final para tudo e vírgula onde não devem. Mas adoram dar palpite no texto dos outros. Como se elas sobessem alguma coisa de redação. Só falta mesmo escrever em miguxês. PPs se acham redatoras publicitárias/jornalistas.

As PPs acham que o que elas acham que sabem é o que é certo. Se a PP acha que todo mundo gosta de amarelo (porque ela gosta de amarelo, oras) então quer amarelo em tudo. Só porque o irmão gosta de assistir tal programa, acha que todo mundo gosta. Se PP não entende, é porque está ruim. Não porque ela é uma idiota. PPs se acham as Diretoras de Arte.

Rapidinhas das PPs:
PPs fazem "planejamento de mídia" pensando em quanto vão gastar e não no público-alvo.
PPs escrevem e não revisam. E escrevem errado de novo.
PPs respondem a uma cobrança de um trabalho que elas não fizeram, com outra cobrança.
PPs acham que são engraçadas, mas são chatinhas.
PPs desconhecem prazo e não coseguem entender que certas coisas demoram mesmo.
PPs fazem milhares de alterações desnecessárias.

Enfim.... respirei aqui, mais uma vez!

20.12.06

Meus erros

Eu sou muito, muito exigente comigo mesmo. Principalmente no trabalho. Quero que tudo saia certinho, perfeito. E consigo fazer um ótimo trabalho por isso.

Até que cometo um erro.

Ai fico fula da vida comigo mesmo. Fico abatida eu diria. Principalmente quando esse erro vai gerar um gasto para alguém. Claro que se não for para mim ou para a empresa em que estou trabalhando, menos pior.

Mas não foi o que ocorreu.

Eu primeiro aprovei uma arte que foi feita errada pela gráfica. Reclamei que tinha sido feita fora do tamanho solicitado. E foi refeita. E eu não percebi o erro até a entrega da coisa no tamanho certo, mas com as informações erradas.

Errou a agência, que me mandou o arquivo antigo, errado e dai, errei eu, que não conferi com atenção o arquivo. Uma merda imensa para fechar 2006 com chave de ouro.

Agora vou passar o resto do dia me torturando. E ainda mais se tiver que cobrir o prejú com o meu pequeno salário.

FODA FODA FODA FODA FODA!

17.8.06

Somente um desabafo

Respirada enviada por Magie, do maravilhoso blog Quase Isto



Existem pessoas que passam pela sua vida sem fazer lá grande diferença. Cada um segue seu caminho e, naturalmente, a vida continua. Certo. Mas se estas mesmas pessoas não acrescentam nada em nossas vidas, elas mesmas podem causar um certo incômodo.

Pausa. Vou tentar explicar. Nesses meus bem vividos vinte e cinco anos, tive o [des]prazer de conhecer algumas pessoas que fazem parte do que podemos chamar de “elite”. Uma facção burguesa da classe média que não tem muito propósito em existir a não ser pelo fato de que estão sempre ali, querendo mostrar o que [não] tem e parecer bem entre os membros do mesmo grupo.

Infelizmente algumas são pessoas preconceituosas que a gente, por um momento, é obrigad@ a conviver. Em Brasília existem muitas destas pessoas – me recuso a dizer nomes, até porque processos por “calúnia” e “difamação” são comuns hoje em dia – que vivem de aparências, que detestam pretos e pobres, que desconhecem o valor de ser humano.

Espero nunca me deparar com tais pessoas novamente, pelo menos não com as mesmas, já que vivemos em uma cidade em que todo mundo se encontra. Não quero ter a infelicidade de topar com tantos outros indivíduos vazios, opulentos e insolentes como alguns que conheci. Bem que eu queria ser indiferente, mas minha indignação não deixa.
Ufa! Uma bela respirada no saquinhoooooooooooooooo!